Outra aula de literatura, dessa vez o professor é diferente. Ele é superficial, raso, não é meu favorito. Discutindo sobre Romantismo, ele resolveu afirmar à turma que não existem mais pessoas românticas. É verdade? O romantismo ficou mesmo só nos livros?
Seria utópico dizer que não. Infelizmente palavras doces e flores deram lugar a algumas latas de cerveja e movimentos muito mais grosseiros. E isso tudo só me entristece. Será possível que aqueles namoros inocentes tenham sido registrados pela última vez em "A Moreninha"? Que ninguém mais sofre? Ninguém mais se sacrificaria pela pessoa amada, pensando em proteger algo mais além do próprio umbigo?
Não, é claro que não. Existem pessoas que amam ainda, que choram... românticos inveterados. Como em toda democracia, a maioria é quem manda, por isso esses românticos são esquecidos, mas não por isso deixam de viver. Nem por isso deixam de sonhar, imaginar, idealizar. E à moda antiga tudo parece muito mais elegante.
O que a gente vê por aí hoje é resultado de um grande efeito dominó. Então quem foi o primeiro homem a não ser cavalheiro? Qual a primeira mulher a rejeitar flores? Quando trocamos versos de poesia por essas cantadas ridículas que se escutam por aí?
Não, eu não responderei nenhuma dessas perguntas, até porque cada um achará as suas respostas para elas. E você pode pensar que tudo isso não tem sentido nenhum, pois bem, são apenas pontos de vista diferentes.
Sim, hoje eu acordei como um discípulo do Lorde Byron.
sábado, abril 18, 2009
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Existe algo melhor do que ver a pessoa amada sem ter se "preparado psicologicamente" para isso? Encontrar a pessoa amada por acidente e sentir o sorriso se formar no rosto enquanto seu estomago não decide o que quer? Andar 15 quilometros só para abraçá-la, para ver um sorriso no seu rosto, fazer um agrado, uma surpresa ou consolá-la (eu já fiz isso, então posso afirmar que está entre as melhores coisas do mundo)?
Procurar uma flor no pátio, uma carta amorosa e perfumada, o chocolate favorito, o telefonema de madrugada, assistir um filme que você odeia só pq o outro gosta, tudo isso, que são apenas pequenos gestos ridículos de pessoas apaixonadas, tem um significado muito maior quando estamos com quem realmente amamos. Eu sei disso. Eu acredito no amor romântico. Eu estou "presa" em um a 5 anos e nem quero pensar em sair.
E quem disser que eu sou a última romântica, devo avisar que muitas mulheres ainda gostam de pequenos galanteios, mas o feminismo trouxe algo mais: o direito de nós também fazermos esses pequenos agrados. Isso com certeza garante que o romantismo não morra.
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