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terça-feira, junho 30, 2009

Superficialmente falando

Em primeiro lugar gostaria de agradecer minha fiel leitora e meu visitante ocasional pelas presenças no blog. Sem vocês eu já teria desistido dele como já fiz inúmeras vezes. Então vamos ao que interessa mesmo...
Pensando bem, o que podemos considerar interessante? Como diferenciar o que é mundano dos assuntos que realmente valem uma discussão? Se maior parte do que escutamos e falamos por aí é um monte de asneiras sobre vidas pacatas e celebridades decadentes.
De quantas conversas cultas e com potencial para decidir nosso futuro nós participamos hoje? Nenhuma, eu presumo. Há alguns minutos atrás eu perdi meu tempo lendo algumas asneiras para perceber que geralmente nada de útil é incorporado à nossa mente nos últimos tempos. A internet é a melhor maneira de compartilhar informações, mas nem sempre elas servem para alguma coisa. Então qual o fator decisivo para que uma opinião possa se tornar algo válido e positivo em nossa vida? Pra mim, ela deve trazer questionamentos. Fundamentalmente deve me fazer pensar, para que se torne interessante. Mas muitas ideias difundidas por aí simplismente me fazem querer "jogar uma bigorna na cabeça das pessoas".
Podem até me considerar exigente demais, mas prezo pela minha cultura e acho ridículo não me contrapor à essa incontinência verbal que certas pessoas têm. Ela faz com que o conteúdo seja menosprezado em prol da vontade absurda de espalhar informações sem fundamento. Isso realmente me irrita. Seria muito pedir para que não tratem nosso cotidiano com tanta superficialidade? Comecemos então a pensar mais nos assuntos que nos cercam para então expô-los de uma maneira adequada. Desse jeito, qualquer tema pode se tornar interessante, sob um ponto de vista ou outro.

terça-feira, junho 23, 2009

Todo o dia...

...acordo, vou ao banheiro, volto pro quarto, arrumo a mochila, vou pra aula, volto da aula, não faço nada, vou pro computador, vou para a cama, durmo, acordo...

Eu descrevi uma rotina, a minha, porém com algumas alterações pode tornar-se a rotina de qualquer pessoa. O tempo parece correr cada vez mais e tentando adequar-se à sua velocidade projetamos toda a nossa vida. Temos horários para acordar, para trabalhar, marcamos até a hora de se divertir. Quando viver ficou tão complicado? Quem começou essa balela de cronometrar a vida como se fosse possível fazer isso, tranformando-a numa mera sombra. Quem criou a rotina que seguimos e que aparentemente é a mesma para qualquer pessoa?
A população não pensa mais, age programadamente sob o comando de algum superior. Nossas vidas foram preenchidas por compromissos que taparam os sentidos, parece que entramos em uma bolha e não vemos mais nada ao redor. Não improvisamos mais nada, "isso seria imaturo". Tudo deve ser planejado, pensado, repensado... é assim que a vida anda. Se acabasse agora, quem teria os olhos abertos para ver seu fim?
Parece proposital que não notemos nada à nossa volta, mas nós somos os únicos culpados por isso. Porque de alguma maneira sentimos uma falsa segurança ao nos prendermos em qualquer tipo de rotina. É nossa tentativa falha de prever o dia seguinte, contanto que tudo saia como o planejado. Assim evitamos surpresas desagradáveis e por fim deixamos de viver para virarmos reflexos nas vitrines pelas quais passamos.
Talvez esteja ficando tarde para acordar, para deixar de seguir um manual específico e simplismente viver da maneira que nos parecer mais coerente. Eu sei, é facil falar. Entretanto se nada for dito ninguém mais vai pensar nisso. E viver quem sabe se torne supérfluo demais como um fator para ser levado em conta.

quinta-feira, junho 11, 2009

Sete Pecados Capitais: Inveja

Vim aqui para contar uma história, a história de João Sem-Nome. Ele sempre trabalhou naquela mesma empresa fútil. Seu trabalho era ínfimo e sua vida podia ser resumida em poucas palavras. João Sem-Nome era também João "sem nada". Sua cultura era inútil, seu vocabulário se extendia ao que ele ouvia por aí. Até a sua esposa era sem graça, sempre na frente da TV. João era uma dessas pessoas que só servem para ocupar o nosso lugar no ônibus, estar na nossa frente na fila do banco, fazer parte sempre da maioria. Enfim, ele é preto e branco e só ocupa espaço no planeta.
Você deve se perguntar por que então alguém contaria sua história, se ela é tão medíocre? João tem um segredo, mas é um sentimento tão forte que passa oculto apenas pelos mais desatentos. Ele é invejoso. Dizem que existe uma inveja boa, mas esse definitivamente não é o caso do João. Ele inveja o patrão pelo seu sucesso, inveja a esposa dedicada do amigo, inveja até mesmo as boas notas escolares do filho. Ele sempre diz que aquelas coisas deveriam acontecer com ele e não com os outros. Ele sempre reclama que sua vida é uma mer**. Nada daquilo que for feito pelas pessoas que João inveja será bom, sempre haverão defeitos. Assim João vive sua vida, amargurado e completamente infeliz.


Essa é uma mísera ilustração do que eu realmente quero dizer. Quantas pessoas incapazes nós vemos hoje por aí? Fracas e desesperadas, tentando ser alguém que simplesmente não são, invejando o sucesso alheio. Quantas pessoas acabam tornando-se meras sombras na ridícula esperança de ser tão boas quanto alguém? A inveja é um vício e o sentimento mais presente em toda a humanidade. Os invejosos são falsos, descarados e sempre estarão tentando derrubar alguém. Se você teve uma boa ideia, um invejoso se perguntará por que não pode pensar nela antes, ou então tentará tirar proveito dela. A inveja é a auto-destruição de alguém. Sentir inveja é assumir seu total fracasso perante suas ações, desejando ser alguém melhor quando você é ciente de que não tem capacidade para isso. São seres míseros esses invejosos, nem valem um post tão grande.

segunda-feira, junho 08, 2009

Sete Pecados Capitais: Vaidade

Em que mundo vivemos? Num distorcido eu arriscaria dizer. Afinal deixamos com que outras pessoas façam nossas escolhas, seguindo sempre um modelo. A beleza é um exemplo disso.
Atire a primeira pedra quem não foi nem um pouco influenciado pela ditadura da moda, pelas opiniões alheias. Quem nunca trocou de roupa quando um amigo disse que não combinava? Quem não se importou jamais com o que os outros poderiam pensar ou ainda quem nunca achou o máximo se olhar no espelho por algumas horas como um modelo completamente narcisista?! No mínimo, você leitor, já fez uma dessas coisas. Já demonstrou que é vaidoso e pode achar que essa é a natureza humana. Quantas garotas ainda vão morrer de anorexia tentando chegar ao corpo perfeito? Quantas pessoas ainda vão agir como se a aparência externa fosse a única importante?
Foi imposto a nós um modelo único, desde os primórdios da raça. Nem sempre foi o mesmo, mas sempre tivemos que acreditar que a beleza se apresentaria de uma única maneira nas pessoas. E o vício de muitos foi buscar desesperadamente encaixar-se em mais esse padrão, já que o mesmo garantiria a aceitação de todos. É por isso que a humanidade não saiu da frente do espelho, por achar que só poderia amar através dessa forma. Que maneira insensata, eu diria, de buscar o amor. Se nem nós mesmo podemos ver nossa própria beleza, inata por aquilo que somos, quem mais poderá ver?
Desenfreadamente ficamos vaidosos, vimos nos padrões nossa única alternativa e nunca mais deixamos de buscá-los. Pode dizer que você é diferente, mas até isso o torna igual aos demais. Simplismente comecei a perder a fé na humanidade... e esse é apenas o primeiro pecado.






PS. O segundo capítulo da minha fanfic foi postado \o/... clique aqui para acessá-lo

quinta-feira, junho 04, 2009

(In)Cultura Verbal

Tem gente por aí que confunde palavras com cartas de baralho... Não basta embaralhar elas para formarmos qualquer tipo de texto! Quer fazer uma poesia, rimas não são suficientes! Uma crítica? Não basta falar mal do trabalho de alguém... Uma crônica, uma redação, um post para um blog medíocre, não importa a ocasião construir um texto é mais complexo do que muitas pessoas imaginam. Essa complexidade está relacionada com as ideias expostas ao contrário do modo como elas são escritas, sem querer desmerecer os gramáticos. Claro não chegaremos a nenhum extremo, é intolerável sair por aí escrevendo "axim".
A questão é que a cada dia as pessoas tem sido mais fúteis, escrevendo paradigmas que nem mesmo elas entendem e achando que aquilo é arte, é moderno, é o CARAL** ISSO SIM! Quando que virou moda nosso foco ser direcionado ao inútil? É "do momento" ler porcarias na internet e dar risada? A cada dia a sociedade ruma ao total obliteramento, criando "gênios" que não sabem ler e muito menos escrever. Pessoas que não pensam, apenas juntam parágrafos, muitas vezes incoerentes tentando empurrar suas próprias visões apagadas do mundo que ninguém realmente gostaria de ouvir.
E quem podemos culpar senão nós mesmos por essa demanda de péssimos autores? Nós fomos ficando menos exigentes, aceitando o lixo verbal jogado na nossa frente. Alimentando a vontade insana que eles tiveram de compartilhar seus pensamentos grotescos de uma forma que presumivelmente eles chamaram de arte. Na minha concepção a arte se extende muito além das barreiras que esses escritores atingiram. Pois eu vos digo meu povo, querem escrever? Escrevam! Mas tem que ter conteúdo!


PS. Participe do movimento contra a "Incultura" que nos cerca, se não tiver nada de interessante para dizer... fique calado.

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