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quinta-feira, dezembro 31, 2009

Feliz Ano Novo

Sabe como é né? No último dia do ano, de repente me peguei pensando nas coisas que aconteceram. Nos meus desejos e sonhos, no que espero que aconteça... e todo mundo faz isso. É quase como se o último dia do ano fosse programado para isso.
Se for parar pra pensar, é apenas mais um dia. O significado dele, como tudo mais em nossa vida, vem da nossa interpretação. Fim e recomeço, pra ser mais dramático "a morte da fênix"... conseguimos imaginar tudo isso de um dia potencialmente igual aos outros, com as mesmas 24h.
Nós sempre desejamos "Feliz Ano Novo" como uma resposta automática. Se vimos alguém na rua, conhecido ou não, largamos logo o jargão e nem ao menos paramos para pensar no que seria realmente desejar essas felicidades a alguém. As palavras saem vazias, afinal na maioria das vezes vão em direção de alguém com quem nunca conversamos.
Além disso, por que colocar esperanças e sonhos em míseros segundos e comemorar com 15 minutos de fogos a virada de um ano? A única mudança significativa é de dezembro de 2009 para janeiro de 2010. De resto, nossas vidas continuam as mesmas. Ninguém muda com o ano, por que então as pessoas continuam a comemorar essa data meramente simbólica ao invés de lutar por seus sonhos e comemorar a conquista deles?
E então vem as promessas, "em 2010 eu vou trabalhar, eu vou estudar, eu vou arranjar uma namorada..." e mais quinhentas dessas que as pessoas espalham pelo vento ou listam em folhas de papel que depois são jogadas no lixo. Essa história de resoluções de ano novo já começa errada por ser no início de janeiro! Prometemos "mundos e fundos" e depois vamos para a praia, justamente para descansar e esquecer de tudo... além do mais, sonhos e metas não devem ser prometidos, apenas buscados. Não tem como garantirmos a realização de TODOS os nossos sonhos, simplesmente há coisas que não estão apenas em nossas mãos. E quem disse que durante nossas vidas essas metas não tomarão rumos diferentes? Podemos acordar um dia e ver que não era bem aquilo que realmente queremos. E mais ainda, por que pensar nisso só no começo do ano, se no decorrer dele é que nós estamos cientes de nossas capacidades e do mundo que nos cerca? Não precisa dizer nada, a pergunta é retórica.
Ficou claro para mim que "Feliz Ano Novo" e tudo o que vem com ele, não passa de um monte de tradiçõezinhas infundamentadas que de nada acrescentam na nossa vida. Então ao invés de seguí-las, tente fazer outras. Faça uma tradição de estar mais perto da sua família, de batalhar mais por seus sonhos, de você mesmo fazer sua felicidade ao invés de esperar que outros desejem ela. E comemore então essa mudança, não a de ano, mas a de vida.

PS. Eu sei, eu me contradisse, sendo que no post anterior eu tinha desejado o temido "Feliz Ano Novo", mas é que antes eu não tinha parado pra pensar em tudo isso... hahaha

terça-feira, dezembro 29, 2009

The Best Of

Woooooow! Tá na moda Ultimamente tem crescido o número de cd's do tipo "Greatest Hits", hehe. Só a Britney já lançou dois que são praticamente iguais. E antes que algum leitor venha com o mouse na mão, pronto pra atirar, eu chego a onde quero chegar: estou lançando hoje o "The Best Of" do blog!! aplausos da plateia
Pois é, dando uma olhadinha no blog hoje depois do template novo e revendo o primeiro post eu notei algo: eu não tenho noção do impacto de algumas coisas que eu escrevo aqui me achei. Mas falando sério, depois de ver o primeiro post eu resolvi catar as frases mais marcantes pra colocar aqui no melhor estilo "Retrospectiva 2009".
Aqui estão elas:

"Querer ser feliz implica na coragem que cada um deve ter para fazer aquilo que te deixa feliz."(Quem é feliz?)

"Amar não é um dever para ninguém."(Pais e filhos)

"Infelizmente palavras doces e flores deram lugar a algumas latas de cerveja e movimentos muito mais grosseiros."(Romances românticos)

"Que torcedor trocaria seu futebol por um excelente documentário, informativo e culturalmente completo?"(Cadê meu controle remoto)

"A cada dia a sociedade ruma ao total obliteramento, criando "gênios" que não sabem ler e muito menos escrever."((In)Cultura Verbal)

"Se nem nós mesmos podemos ver nossa própria beleza, inata por aquilo que somos, quem mais poderá ver?"(Sete pecados capitais: vaidade)

"Sentir inveja é assumir seu total fracasso perante suas ações, desejando ser alguém melhor quando você é ciente de que não tem capacidade para isso." (Sete pecados capitais: inveja)

"Talvez esteja ficando tarde para acordar, para deixar de seguir um manual específico e simplesmente viver da maneira que nos parecer mais coerente." (Todo o dia...)

"Podem até me considerar exigente demais, mas prezo pela minha cultura e acho ridículo não me contrapor à essa incontinência verbal que certas pessoas têm."(Superficialmente falando)

"Não tenho ideias premeditadas muito menos críticas ou sugestões. Apenas a vontade de tamborilar pelo teclado e escrever exatamente isso: que eu não tenho nada pra dizer."(Nonsense IV)

"Por isso um amigo jamais deve ser subestimado, um amigo de verdade carrega consigo parte da nossa vida."(Melhores amigos)

"Porque até hoje pensamento positivo nunca deu um emprego."(Discurso motivacional nº1)

"Em suma, a beleza é superficial. Não leva em conta coisas muito mais importantes, como quem realmente somos. É apenas mais uma jogada de marketing."(Beleza distorcida)

"Sua felicidade acabou dependendo desse estado eufórico em que você esquece todas as derrotas, afinal sempre desistiu das batalhas por medo de apanhar."(Seja "hype" Paulo Otávio)

"Se a Bela Adormecida vivesse no nosso mundo ela ainda estaria dormindo, e a Cinderela (pamonha) estaria até hoje coberta de fuligem."(Ele não está tão afim de você)

"E sim, nós tínhamos vários amigos, na infância todo mundo é amigo." (Paraíso Perdido)

"Ao ficar frente a frente contigo encarei teus olhos, mergulhando neles com o júbilo e a dor dos que amam." (Frio)


Ufaaaa... e que ano hein?! Pra mim foi, sem dúvidas, o melhor de todos. Eu conheci pessoas novas, não que eu não tivesse conhecido outras em anos anteriores, mas as desse ano foram especiais. Pude passar um bom tempo com minha família não o suficiente pra enjoar, mas longo o bastante pra sentir saudade de Santa Maria. Estudei, amadureci, li, viajei, enfim... foi ótimo!
Podem me falar das tragédias, mas eu não peguei gripe, a crise não bateu na minha porta e minha casa não tinha nenhuma goteira... então me desculpem os que sofreram esse ano, mas se eu tivesse uma máquina do tempo ajustava ela pra 1º de janeiro de 2009 e vivia tudinho de novo!
Infelizmente eu tenho que acordar agora e estudar... pra garantir que 2010 comece de uma maneira espetacular!

Feliz Ano Novo pra todos os meus leitores! E a gente se vê em 2010!!!

PS. Um abraço especial para os novos seguidores do blog.

sexta-feira, dezembro 18, 2009

Frio

O frio se fazia perceptível por todas as partes do meu corpo. Cada gotícula fina de garoa era uma agulhada congelante em meu rosto, mas eu negava a existência de tudo aquilo. Tinha um motivo maior para estar ali. Com a alegria explodindo em meu peito e fazendo as tão admiradas borboletas festejarem a paixão dentro de mim eu encarava aquela porta, esperando você passar por ela. Te vi então, tentando achar motivos para que você viesse ao meu encontro. Enquanto tu andavas, gotículas da chuva se assentavam delicadamente sobre teus cabelos negros, cintilando à fraca luz que vinha da casa. Suas feições eram austeras e frias como o ar que nos cercava, mas não fez com que eu vacilasse. Que outra prova do teu amor eu poderia ter senão tua companhia? Tua respiração fraca perto de mim e teu toque, mais precioso do que qualquer coisa?
Ao ficar frente a frente contigo encarei teus olhos, mergulhando neles com o jubilo e a dor dos que amam. Vi seu rosto se aproximar do meu até que nossos lábios estivessem juntos e eu finalmente pudesse sentir o hálito doce e quente da tua boca. Segurei tua nuca fracamente para que nunca pudesses ir embora. Pensar em te perder doía fisicamente em mim, como lentas e profundas facadas em um coração tantas vezes remendado.
Nos viramos para a rua, buscando um destido, o seu. Eu já me contentava em viver a tua vida em detrimento da minha, apenas pelo fato de estar contigo. Passei minha mão pela tua cintura e me aconcheguei mais ainda ao teu lado pensando se isso era apropriado. Tua resposta foi um sorriso, o qual sempre seria a mais bela das coisas que eu veria na vida. De tão perfeito, parecia um sonho.


PS. Aqui vai uma música, que nunca me fará esquecer essa história:

domingo, novembro 29, 2009

Paraíso Perdido

Minha infância é uma fase da minha vida que eu nunca vou esquecer. Assistir as extintas apresentadoras tipo: Eliana, Angélica, Mara Maravilha meldelsdocéu desenterrei essa fazendo programas (olha a mente suja!) infantis. Brincar no pátio, comprar Kinder Ovo a R$ 1,00 e colecionar os bonequinhos, comer salgadinhos só pra colecionar tazos, ser um treinador pokemón ou ir pro digimundo, brincar de harry potter com os amigos (né Mione.. aahm quero dizer Valki) e alugar fitas de nintendo 64 ou cd’s de playstation 1 pra jogar a noite toda (Resident Evil eu nem jogava, só assistia porque morria de medo). E sim, nós tínhamos vários amigos, na infância todo mundo é amigo. Esse saudosismo todo serve pra mostrar como éramos inocentes, acreditávamos em magia e o mundo nunca pareceria um lugar ruim. Claro, tiro dessa parcela as crianças que não tiveram uma infância, não por escolha, mas porque foram foraçadas a isso.
Mas as coisas ficaram um pouco diferentes...
As garotas de hoje, com seus 6 anos já viraram Misses, com as caras mais “rebocadas” do que muita mulher por aí. Os garotos não pensam mais em jogar bola ou videogames, querem “pegar” as coleguinhas e virarem “machos” logo com 6 anos já estão no 5 contra 1. O que aconteceu com a incocente infância? Quando eu era criança a última coisa que eu queria era crescer, hoje parece que é só nisso que os mais novos pensam. Na minha época VELHO eu tinha vergonha de ver as cenas de beijo nas novelas, hoje eu não me surpreenderia se os “piás” já estivessem olhando filme pornô.
Essas diferenças se tornam cada dia mais gritantes. Há algumas semanas eu escutei um relato de uma professora que não sabia qual atitude tomar frente aos aluninhos do primário que estavam se beijando na aula (era um menino e uma menina, que fique claro, ainda não chegamos a tais extremos). Daí alguém vem me dizer que selinho é “normal”, mas não era selinho, e o garoto tava querendo pelar a colega!
Daí eu me pergunto, de quem é a culpa? Dos pais? Da sociedade? Da mídia? Sim, de todos esses. A mídia apela procurando novos espectadores, mas acaba atingindo um público que não deveria ser alvo. Os pais, dou o maior apoio pra começar a ensinar desde cedo o que é sexo, mas ensinar é diferente de mandar fazer! Diga o que é cada coisa, mas faça a criança entender que ela ainda é criança e não é a hora pra esse tipo de relação. E da sociedade? Se alguém tem mais culpa esse alguém é ela! Porque em algum ponto todo mundo achou bonitinho ver uma criança se fazendo de adulto, ou achou correto que certas responsabilidade fossem passadas a elas tão cedo. Desde quando se pergunta pra uma criança se ela já tem namorado(a) como fazem sempre aquelas visitas chatas que não tem nada a mais pra falar com os filhos dos amigos.
Agora é tarde pra mudar essa nova geração, mas eu ainda suplico que deixem as crianças serem mais crianças. Não apressem essa fase inocente e pura que nunca mais volta. Uma vez que somos “corrompidos” com malícias e afins é que a falta de tudo aquilo que era bom e simples se faz presente e por tantas vezes cruel. Só porque nós comemos do fruto proibido não significa que devamos tirar as crianças de seu próprio paraiso tão cedo. Não estou dizendo que deveríamos virar o Peter Pan e nunca crescer isso é doentio. A adolescência é outra fase magnífica, assim como qualquer fase da nossa vida pode ser. Mas esse crescimento acontece em seu perfeito ritmo, não cabe a nós apressá-lo.

PS. Olha aí, fico dias sem postar e depois vem quase um livro, hahahaha.

quarta-feira, novembro 11, 2009

Ele não está tão afim de você

Uma boa cafeteria e bons amigos e você tem material para um post, se não perfeito, ao menos muito bom! Então lá estava eu tomando meu "pingado" no Sr. Café e conversando com minha amiga até que uma amiga dela chegou lá (eu sei... a amiga, da amiga, da amiga, da amiga...). Daí conversa vai, conversa vem e chegamos no assunto do post. Ele não está afim!
Porque a maioria das mulheres, ahnm... peraí, a maioria das pessoas gosta de ser enganda. Na verdade gosta de SE enganar. Se ele (ou ela) não liga a última coisa que pensamos é que ele não esteja afim. E se perdeu o celular?
Ele não te convidou pra sair (podia estar intimidado com seu sucesso), depois não sabia se queria namorar (nossa amizade é tão boa, pra que estragar?), depois te deu um fora e de vez em quando corre atrás (ele está confuso!) BÊBADO (dizem que é droga, mas quem não bebe?)! Como diria minha amiga: Acorda! Realiza!
ELE SIMPLISMENTE NÃO ESTÁ TÃO AFIM DE VOCÊ! (e isso vale pra "elas" também)
Tem tanta gente nesse mundo, porque correr atrás de alguém que não te reconhece como uma pessoa maravilhosa? Tá certo que nem todo mundo vai achar isso, tem gente que te odeia e tem aqueles que nem te veem passar na rua, mas porque cargas d'água você escolheria namorar uma dessas pessoas? O que eu quero dizer é: pare de achar desculpas para os outros e ache alguém que não precise delas. Jogue fora aqueles lemas: "Por ele/ela vale a pena lutar" e ame mais você antes de ser subjugado(a) por outros.
E sei, isso parece livro de auto-ajuda e "ame mais você" não faz sentido quando suas pernas ficam bambas perto "daquela" pessoa. E tudo o que você realmente quer é amar mais ela, mas é irracional ficar babando assim se você não vai ganhar nada em troca. Histórias de amor são beeem diferentes daquelas que escutamos quando éramos crianças. Se a Bela Adormecida vivesse no nosso mundo ela ainda estaria dormindo, e a Cinderela (pamonha) estaria até hoje coberta de fuligem. Porque o futuro delas dependia totalmente de uma outra pessoa, que poderia ou não aparecer! Nem sempre a felicidade e realizações estão reservadas para um casamento feliz, você pode estar sozinho e "muito bem, obrigado". E a menos que você tenha um irmão gêmeo você nasceu sozinho nesse mundo, por que subitamente tem que estar com alguém?
Ame, de verdade, mas somente quando merecerem esse amor. Não sofra por nada, você pode estar derramando lágrimas por alguém que nem pensa mais em ti. E se tiver dúvidas, olhe o filme "Ele não está tão afim de você" ele é realmente muito bom!

quinta-feira, novembro 05, 2009

Eu - Hoje

Hoje eu estou novamente "naqueles dias" (não, não estou menstruando). Os dias que me refiro são aqueles em que eu sei que tenho muitas coisas pra fazer e tudo isso pesa nas minhas costas, mas eu não tenho vontade de fazer nada. É o dia em que eu quero postar algo no blog, mas a única coisa que me vêm na cabeça são ideias vazias ou aquelas que a gente já comentou tanto que se tornaram clichês. Esse é o dia em que eu leio tudo que posso e nada parece ter algum sentido. Eu odeio o dia de hoje! Ele me traz uma angústia sufocante, e sabe quando você está preocupado com algo e não faz a mínima ideia do que é?
Acho que em parte eu sei o que me preocupa...
As nuvens estão escuras no céu, mas o calor continua pesando sob nossas cabeças. Pois é, o clima também não ajuda. A aula começa daqui a uma hora e eu tenho medo de chegar lá tendo esquecido até o nome do professor. Falta dois meses pro vestibular, as cobranças voltam me esmagar e se agora eu já estou nervoso... imagina quando Janeiro chegar! Daí depois de tudo isso eu vejo alguns obstáculos e começo a meter as mãos pelos pés...
Tá, depois que eu escrevi isso meus problemas me pareceram tão pequenos. Tem tanta gente que sofre mais e continua por aí, talvez reclamando até menos.
Pois é, não tenho muito o que dizer mesmo, só carregar o peso extra que eu recebi hoje. Acho que todo mundo se sente assim em algum momento, balançando os pés e procurando o chão. O que me anima em tudo isso é que todos os dias tem um fim, tanto os bons quanto os ruins. Isso significa que eu tenho apenas algumas horas pela minha frente, mas não vou ficar sentado esperando elas passarem. Vou reagir a esse torpor e transformar meu dia antes que ele chegue no fim. Já recebi uma ajudinha dos céus agora: começou a chover.

PS. Achei essa charge muito bacana esses dias e guardei ela, sabia que chegaria o post ideal para usá-la. Hahahaha.

terça-feira, outubro 27, 2009

Seja "hype" Paulo Otávio!

Ouvi dizer que existem tipos de usuários/as de drogas. O que é isso?

É verdade, a UNESCO, um órgão ligado à ONU (Organização das Nações Unidas), que trabalha com educação e cultura, distingue quatro tipos de usuários de drogas:

experimentador - é aquele que experimenta alguma droga para saber como é que é o efeito, por que deseja ter novas experiências, porque o grupo pressiona, por conta da publicidade que se faz, etc. Na grande maioria dos casos, o contato com a substância não passa das primeiras experiências;

ocasional - é aquele que utiliza de uma ou outra droga, só de vez em quando. Nesse caso, não existe a dependência e a relação com as pessoas continua normalmente.

habitual - é quando se utiliza freqüentemente de drogas e em suas relações pessoais e profissionais já começam a aparecer problemas. Já está correndo riscos de ficar dependente e seria importante que já procurasse por algum tipo de ajuda.

dependente - é aquele que vive pela droga e para a droga, quase exclusivamente. Como seus vínculos com as pessoas já está muito ruim, passa a ser isolado e marginalizado.

Fonte:www.antidrogas.com.br



Aaah tá! Posso dizer com "quase-certeza" que existe um tipo de usuário, o USUÁRIO! Poxa, a gente faz merda na vida, talvez acabe até experimentando alguma droga por curiosidade ou só pra "ser do contra". Mas se a criatura não parou de usar qualquer tipo de droga é porque está totalmente viciada e provavelmente não vai parar não. Nem vem com essa de "eu me controlo e só uso em festas ou finais de semana" porque festa você pode fazer todos os dias e eu duvido que você possa ficar um mês que seja sem.

Ufa...

Primeiramente, oi povo ( \o/ ). Depois desse leve desabafo acho que dá pra ter noção do que vai ser o post de hoje. Andar com pessoas que utilizam algum tipo de entorpecente é praticamente normal (infelizmente). Não porque a visão sensata sobre as drogas foi distorcida, mas porque as pessoas são fracas demais para dizerem um simples "não". E por conta disso no mínimo um dos teus amigos usa algum tipo de substânca ilegal, mesmo que você não saiba.
Eu acho um saco ter que dizer isso, mas a cada dia que passa milhares de adolescentes entram em um submundo de vício que parte da maconha até o crack e outras drogas muito mais pesadas. Que clichê dizer que a parada final é a morte, mas isso não é nada mais do que a verdade.
O que eu tento entender até hoje são as motivações, por que cheirar pó, fumar crack ou o diabo a quatro que se faça com essas e outras drogas? Mas antes tem uma pergunta mais importante que deve ser esclarecida: É culpa de quem?
Dos usuários é claro! Vício não se herda dos pais, nem é imposto pela sociedade. Dos pais recebemos apenas educação, mas se a cabecinha de muitos é suscetível às tagarelices dos traficantes, fazer o que né? Se a pessoa ainda acredita em frases como: "Sou teu amigo, nunca ia oferecer uma coisa que não fosse legal" então é melhor pedir pro Papai Noel outra bucha de pó.
Estabelecido isso vamos às motivações...
Por acaso usar drogas virou moda, marca da juventude rebelada que teve tudo nas mãos, nunca lutou por nada e se acha no direito de fazer uma revolução. Isso me irrita, sério. Quem será que sustenta o tráfico, os mendigos que roubam pra fumar ou o playboyzinho que gasta R$ 400 reais em balas numa rave? E quais são os motivos dele? Ser hype? Estar na moda? Dançar até as seis da tarde do dia seguinte? Sim, todos esses. Por mais idiotas que sejam, esses são os motivos. Existem outros mais ibecis ainda, por exemplo, um deles é que depois que a pessoa cheira ela fuma mais cigarros e bebe mais cerveja do que num estado normal. E não dá orgulho mesmo dizer que tomou um engradado de cerveja sozinho?! O sexo é melhor, a fome é menor... é cada desculpa esfarrapada que realmente faz a gente querer rir.
Não um riso feliz, mas aquele amarelo do coringa. Um que esconde a vergonha de pertencer a uma geração tão retardada. Cujo lema ironicamente é "Viva a vida, pois a vida é curta". Sim, curta pra eles. Curta de ideias, de personalidade, de caráter... de todos os valores morais que realmente contam. É uma semi-vida irresponsável e dependente de festas e drogas que te façam ser feliz porque você nunca teve algo pelo qual se orgulhar. Sua felicidade acabou dependendo desse estado eufórico em que você esquece todas as derrotas, afinal sempre desistiu das batalhas por medo de apanhar.
Então Paulo Otávio, seja hype, seja drogado e em poucos dias o mundo já ruiu ao seu redor.

Ps¹. Paulo Otávio é uma gíria para PÓ que os usuários adotaram para falar sobre o assunto na frente de outras pessoas.

Ps². Pra concluir eu deixo aqui uma campanha anti-drogas muito boa. É sobre uma estudante Norte Americana, presa inúmeras vezes por porte e uso de drogas, sendo a primeira vez em 83 com 14 anos e a última em 97 com 28. Ela morreu de overdose aos 30 anos.

Créditos de imagem para: http://blog.fshark.com/

sábado, outubro 24, 2009

Velha Infância

Pois é, li uma coluna muito boa da Martha Medeiros (quase todas são) publicada na Zero Hora de hoje (25/10). Se entitulava "Viver a vida infaltilmente" e ela falava sobre alguns personagens da novela das 8 que pareciam crianças grandes. Nem preciso falar que foi ela quem me fez pensar sobre o assunto em questão. E tenho que concordar com a coluna, os adultos do nosso presente deixaram para trás a imagem de "senhores importantes" e começaram a parecer cada vez mais com adolescentes. Tudo bem que sempre existirá dentro da gente aquela criança bobinha e incocente que um dia todos fomos, mas até que ponto é saudável deixar que essa criança esteja mais ativa do que o adulto que nós nos tornamos?
Andando na rua hoje nós vemos mães e filhas que mais parecem BFF's(Best Friends Forever = Melhores Amigas Para Sempre) do que... ora, do que mães e filhas! Deus me livre, ainda bem que a minha mãezinha sabe o papel que ela representa na minha vida e não tenta competir por um espaço junto com meus amigos. Até porque, essa história de amiguinhas deixa falhar toda a perspectiva de responsabilidade que nós deveríamos receber de nossos pais. E usei o exemplo da mãe, mas tem muito pai por aí que entra na idade do "lobo mau" e compra um conversível novo querendo caçar "chapeuzinhos-vermelhos" com o filho. E não são só pais e filhos, pessoas supostamente adultas, com seus 40-e-tantos anos resolveram brincar de "ficar" e mais diabo a quatro como se nenhum deles tivesse tido uma época específica da vida pra fazer isso.
Não sou extremista a ponto de dizer que uma pessoa adulta não pode se divertir, mas temos que ter alguns limites. A idade não vem sozinha, como dizia uma colega minha. Vem com responsabilidades e deveres bem maiores do que os adolescentes tem. Eles até podem se dar ao luxo de fazer festa todo o dia.
Se conselho fosse bom a gente vendia e não dava de graça, mas aqui vai o meu: quer se divertir? Ótimo, mas faça isso de maneira inteligente. Não seja uma criança colecionando os últimos modelos de Hot Wheels ou brincando de bonecas. Nem um adolescente fazendo pole-dance em uma boate. Tem uma penca de programas muito legais e que se encaixam melhor pra faixa etária em questão. Saia com seus amigos ao invés de com seus filhos e os amigos deles. Leia um livro, vá ao cinema, procure uma companhia que esteja à altura da sua maturidade.
No meio dessa história até é permitido uns momentos de nostalgia pra relembrar de todos os bons momentos, mas esteja sempre ciente do ponto em que você se encontra agora. Não precisa deixar a infância morrer, mas é preciso lembrar que ela envelheceu.

sexta-feira, outubro 16, 2009

Fangbangers

Vampiros são os novos bruxos, do mesmo jeito que presas são as novas varinhas. Tá certo, a associação foi trash, mas depois de HP parece que o hit do momento foram essas criaturinhas sugadoras de sangue e aparentemente bem românticas. De Anne Rice, passando por Charlaine Harris, L.J. Smith e indo até Stephanie Meyer nós temos histórias de todos os tipos (note que a escala organiza-se de forma decrescente quanto à qualidade das histórias). E é com elas que eu quebro o "hiatus" do blog e tematizo o novo template (o vampiro "Eu").
A eterna luta contra lobisomens, os triângulos amorosos, disputas territoriais. A "vida" deles é tão fascinante que até um humano acaba virando algo extraordinário em sua companhia. E o que mais amamos neles senão a pele pálida e fria ou os olhos geralmente diferentes? Vampiros são lindos, elegantes, são praticamente blasé.
Também são fortes, ágeis, imortais. Você nunca ficará vivo perto de um a menos que ele queira. E se ele quiser, pule de felicidade (não na frente dele é claro). Porque em pouco tempo você será um deles. Eles amam, mas de uma forma distorcida, vampiros são egoístas e mesquinhos e você mero mortal será uma marionete nas mãos deles.

Eles sempre existiram, isso é óbvio e eu nem deveria estar dizendo. O problema é que tem gente que esquece disso e sai falando que a Tia Steph foi quem lhes deu vida. Concordo que a Saga Crepúsculo abriu muito as portas do mercado para as outras histórias, mas é uma afronta falar que foi ela quem criou esses monstros encantadores.
Com isso esclarecido o resto do post é só pra lembrar dos caninos avantajados que muitas vezes quisemos ter nas nossas gargantas, sejam para nos transformar ou apenas para ceder nossa essência vital a eles. (Yes! I'm a Fangbanger!)

~> Selena:
Um dos meus primeiros contatos com vampiros, Anjos da noite é pra mim uma das melhores sequências cinematográficas de vampiros e lobisomens que existe. Além de sugar seu sangue para alimentar-se, Selena te transformava na hora. Claro, se você ficasse vivo.









~> Angel:
Um vampiro atormantado por culpa e remorso que luta contra as forças do mal. Esse spin-off de Buffy chegou até a fazer mais sucesso do que a série mãe por algumas temporadas. Faz parte da minha infância, eu olhava na globo quando criança, nem entendia, mas adorava.









~> Edward Cullen:
Tá, não podia faltar! Pai da nova onda de vampiros ultrarromânticos (e da Renesmee também, hehe) já virou mito entre as gurias e padrão internacional de namorado. Ele brilha no sol, tem medo de sexo (geralmente é o contrário entre os da espécie, mas tudo bem) e apesar de parecer amar a Bella acima de tudo o que ele quer mesmo é tudo do seu jeito, nem que precise fazer à força. Mesmo depois de cento-e-tantos anos ele continua sendo um adolescente.



~> Stefan e Damon Salvatore:
Um é pouco? Dois pareceu a medida exata para os romances de L.J. Smith sobre os irmãos vampiros apaixonados pela mesma garota. A primeira foi quem transformou eles e a segunda, ah ela só é fisicamente parecida com a primeira.










~> Bill Compton: Vampiro cabra-macho que toma sangue da namorada para saciar sua sede e é praticamente ninfomaniaco (ou ele ou ela). É baixinho, mas invocado e pra proteger seu território e principalmente a SUA Sookie até encontra o sol. O que nós queremos saber é onde ele anda agora (depois do final da segunda temporada de True Blood)








~> Lestat:
O vampiro rockstar de "Rainha dos Condenados" e uma das obras primas de Anne Rice. Devo ser sincero, nunca li os livros dela, apenas me informei sobre a autora e li várias resenhas. Nem Entrevista com o Vampiro eu assisti, acredita?! (to dando um jeito nisso). No filme "Rainha" o vampiro era super cool, mas eu tenho medo dele! #prontofalei







Pois é, pelos meus cálculos sobram vampiros consquistadores e faltam vampiras dominadoras. Até parece que essas histórias foram escritas por mulheres domadas por carência afetiva com maridos pedreiros/espancadores. Ops, não foi esse o caso da Meyer? Haha, não interessa. A gente se contenta com as vampiras secundárias:


~> Alice
















~> The Queen
















~> Victoria
















Essas foram as que vieram na minha cabeça agora, mas se lembrarem de mais alguma ou mais algum expressem-se no comentários! x[

terça-feira, setembro 01, 2009

Como sempre foi

A segunda história curta que eu posto aqui. Espero que gostem.


Na confusão dos corredores eu notei seus cabelos dourados brilhando. Pela mesma janela que lançava os raios de sol uma brisa enfeitava seus movimentos dando mais vivacidade a tudo. E de tão colorido que foi, deveria ser um sonho.
Olhei para os lados, mas o mundo parecia ser apenas nós dois. E me perguntei por que depois de tanto tempo eu ainda me sentia assim. Como se uma âncora afundasse chão abaixo tentando me puxar junto. E a cada passo seu eu sentia o peso da âncora aumentar. Em pouco tempo eu poderia me afogar no mar de pedra ao meu redor.
E ao mesmo tempo um milhão de borboletas explodiram no meu estômago fazendo coceguinhas por dentro de mim. Isso fez eu esboçar um sorriso, aquele que você disse amar tanto. A única coisa minha de que eu tenho orgulho, meu sorriso. “Por que é sempre sincero”, você disse. E com um vislumbre eu te vi cada vez mais perto.
Esperei onde estava até que você chegasse na minha frente. Não porque não queria correr ao teu encontro, mas porque tua visão havia me petrificado como uma medusa faria. Contemplei teu rosto, teus lábios e tudo em ti que me convidava a passar uma breve eternidade ao teu lado.
“Me beija”. Eu pedi com uma das mãos na tua cintura. E olhei fundo nos olhos claros nos quais pude ver tua alma tão pura. Por isso eu te amava. Por que minha alma, suja pelos meus pecados, nunca te afastou. Mas naquele momento minha fé foi golpeada por tuas palavras. “Nós precisamos conversar”, você disse ao meu ouvido.
Eu não via mais ninguém à minha volta, mas essa bolha eu construí há muito tempo. Ainda assim muitos olhares pareciam capazes de nos observar, por isso você fez questão de ir a algum lugar mais vazio. Eu não seria capaz de te contrariar, nunca tive forças para isso.
Te acompanhei. Você pôs uma mão nas minhas costas, eu pus a minha nas suas. E era como sempre foi. Mas se você precisava conversar não poderia continuar assim por muito tempo. Uma onda de pavor começou a oscilar pelo meu corpo, eu tive tanto medo de te perder. Por que as pessoas sabem quando têm nas mãos o melhor que a vida pode lhes dar. E eu tinha.
Quando ninguém mais nos via você parou e novamente olhou para mim. Com suas mãos segurou meu rosto, que poderia muito bem estar se contorcendo numa careta de dor. “Eu não quero te beijar”. Você fez uma pausa, contemplando meus olhos. “Eu só quero te abraçar”, e seus braços me prenderam. Era como sempre foi.

sexta-feira, agosto 28, 2009

Beleza distorcida

Como a pessoa totalmente desligada que eu sou (ao menos para o assunto a seguir) nem sabia que outro concurso de Miss Universo aconteceu.
1º - como somos presunçosos por achar que de todo o universo a mulher mais bonita se encontra na Terra.
2º - Não, eu não vou falar de Miss Universo, esse foi só o assunto que me ajudou a pensar.
Efim...

Quero começar o post de hoje com essa campanha publicitária que me chamou atenção há algumas semanas atrás. "No wonder our perception of beauty is distorted." (traduzindo para os leigos ficaria algo como: Não surpreende que nossa percepção da beleza seja distorcida). E ela é, certo?
Sim. Ela sempre foi moldada de acordo com os lucros que geraria. Todos conhecem o exemplo clássico do padrão de beleza há alguns séculos? décadas? Sinceramente não sou muito familiarizado com a linha do tempo humana. O ponto é, as mulheres eram retratadas em quadros e esculturas com uma massa corpórea elevada, ou seja, gordas mesmo né?! Mas alguém já se perguntou por quê?
Quem sabe, o tipo de comércio mais lucrativo naquela época era o de alimentos, condimentos, tecidos, etc... Se você é gordo come mais e usa mais tecido nas roupas. Isso é lógica, ok?!(A minha pelo menos, que tem pouco ou nada em comum com a lógica filosófica, haha). E hoje, comida se põe na mesa com R$100. Acredite, muitas pessoas conseguem. Mas os lucros gerados por cirurgias plásticas, produtos de beleza e mais um "tendéu" de serviços que prometem o corpo perfeito são infinitamente maiores. Sendo assim os padrões foram adaptados para que fossem quase inatingíveis sem auxílios externos. A explicação é simples, nossa beleza sempre será ditada (como muitas outras coisas) pelo capital.
Que essas deduções são óbvias eu sei, mas ao que me parece ninguém mais chegou a elas. E os olhos de todos foram tapados com filtros que não transpassam o corpo, quase sempre imperfeito, daqueles que são observados. É praticamente um clichê falar isso, mas o caráter, o "interior" de nada importa sem peitões ou um abdômem malhado quando nos referimos ao grande contingente de mentes simplórias que andam nas ruas todo o santo dia.
As misses ficaram burras (CLIQUE AQUI e comprove a teoria), várias garotas e até mesmo garotos descobriram um novo "mal do século": a anorexia (prima Ana pros mais íntimos) e a venda de anabolizantes só tem aumentado nos últimos anos. Tudo isso pretende mostrar o que exatamente? Que você atingiu todas as metas da sua vida ao representar esteticamente os padrões impostos? É deprimente pensar dessa forma. (Pensar? Ok, tá mais pra falta de pensamento)
Em suma, a beleza é superficial. Não leva em conta coisas muito mais importantes, como quem realmente somos. É apenas mais uma jogada de marketing.

segunda-feira, agosto 24, 2009

More than meets the eye

Mais uma ideia brilhante que eu tive, que acarreta em mais uma seção do blog. Resolvi escrever algumas histórias curtas (são curtas mesmo) que ultimamente pularam na minha cabeça, e onde mais eu postaria elas? Espero que entretenham tanto quanto têm me entretido. Sem mais apresentações aqui vai a primeira!

More than meets the eye

Continuo a fitar teus olhos, mas não decifro o que querem me dizer. Se é que algum dia quiseram me mostrar algo. Tomo cuidado para que não me notem enquanto continuo a idealizar o que se encontra sob tua superfície. E quem jamais fez isso? Que venham ao meu encontro as pedras daqueles que nunca perderam seus pensamentos imaginando tuas diferentes formas de agir e ser?
Confesso que sinto o tempo se esvair enquanto contemplo teus olhos e nada no mundo pode me chamar mais a atenção do que os segredos escondidos neles. Nem mesmo o timbre da tua voz me tiraria desse torpor. Da cor seria fácil esquecer, mas das faíscas que dele saltaram quando te vi pela primeira vez eu jamais poderia me livrar.
Sileciosamente nos encaramos, depois de tanto tempo, antes que você vire novamente o rosto mundano procurando por outros espectadores. A linha da tua atenção, diferentemente da minha, é tênue. Ela se rompe bruscamente antes que eu saiba se você partilha meus sentimentos. E minha curiosidade impulsiona o resto do corpo para mais perto. Mesmo assim ainda pareço invisível.
Eu disse “Oi”, você também. Parece que fazem séculos e eu me confundo imaginando se eram esperadas mais palavras ou você simplismente apresenta traços de educação semelhantes aos de todas as pessoas que nos cercam. Perdi o fôlego e decidi me preocupar com algo mais útil e menos fútil. Mas onde está o conceito disso, se minha futilidade é o tema de estudo proposto? Minha mente começou a vagar novamente nos velhos trilhos percorridos.
Não, você não demonstrou interesse. Chego a essa conclusão precária, embora seja a mais concreta. Porque o “sim” acarretaria mais perguntas que eu poderia responder. Já me acostumei a isso, meu cérebro foi programado para realizar essas funções e mesmo antes de te conhecer eu tenho certeza que irá me decepcionar.
Sendo assim poque chegar às vias de fato, se eu poupo meu sofrimento? E daqui a uma semana existirão outros olhos para contemplar. Essa informação eu relutantemente tento assimilar, procurando agora novos hábitos para me distrair.
Quando eu me levanto, esperando um breve adeus, minhas proposições se espatifam como um vidro em mil pedaços. E antes que eu responda rapidamente me pergunto se realmente escutei você dizer “Let’s grab a cup of coffee?”. Eu não poderia dizer não, certo?

Discurso Motivacional Nº 1

Por inércia, nada pode se mover sem um estímulo. Assim como nada nas nossas vidas pode acontecer se apenas sentamos esperando nossos finais felizes. E quando digo isso não me refiro a uma pessoa especial, que seja tudo o que desejamos, para segurar nossa mão no centro da cidade. Sim, porque culturalmente associamos um "final feliz" a essas situações. Me refiro apenas à realização de um objetivo especial.
Seja passar no vestibular ou conseguir um bom emprego, todos nós (sem exceções) temos nossas próprias metas. Alguns passaram anos planejando, outros apenas acordaram para escolher seu futuro, mas sem dúvidas temos espectativas para os dias que virão. O único problema é esperar demais, é viver sonhando e esquecer de viver. Porque até hoje pensamento positivo nunca deu um emprego. Muito menos ensinou a trabalhar.
Por isso lutamos, por isso as vezes sacrificamos boas coisas em prol de algo muito mais valioso. Para atingir ao menos uma parte significativa das nossas metas. E nada que consigamos conquistar sem esforço vale a pena ser conquistado, como muitos já disseram.
Essas são apenas palavras, correr atrás de algo que não seja um post decente, você verá, será bem mais difícil. Mas essa é a vida, difícil em qualquer contexto. Por causa disso muitos já podem ter desistido, e só você poderá saber se vale a pena ou não vivê-la.
Repito aqui apenas algo que eu ouvi muitas vezes, esperando que você também possa fazer um bom uso disso. E é agora que eu fecho esta página e vou atrás do que eu ainda posso alcançar. Nesse tom meio dramático e pausado eu me despeço. Antes que, de uma vez por todas, essas palavras já não façam mais sentido para mim.

sexta-feira, agosto 14, 2009

Faith Business

"Dá um dinheirinho pro santo."
Como tudo mais na nossa sociedade é voltado ao dinheiro, a igreja não poderia ser diferente. E eu falo de todas, não somente a evangélica ou católica. O "negócio da fé" como "carinhosamente" podemos apelidar essas (por falta de uma palavra melhor) empresas que juntam milhões fiéis mundo afora vendendo até terreno no céu.
O fato é que nos últimos dias uma série de acusações contra o rídiculo Sr. Macedo veio à tona. Convenhamos, as acusações de lavagem de dinheiro não são nem um pouco surpreendentes. Pra onde mais iriam os dízimos das milhões de pessoas que frequentam a igreja senão para o bolso do cara?! Então por que todo mundo ficou tão impressionado? Minha primeira reação foi dizer: "Isso era tão óbvio".
Com bases na própria bíblia os pastores tiram suas falas, não tão bem ensaisadas, mas suficientes para ludibriar um contingente de mal-esclarecidos (pra não dizer burros... ops!) a entregar dinheiro em cultos. Usando o nome de um ser cuja existência jamais foi comprovada eles condenam, abençoam, efim... fazem uma verdadeira lavagem cerebral no indivíduo.
Mas eu reservo minha indignação às proprias pessoas que frequentam tais lugares. Não sejamos hipócritas, a maioria de nós passaria a perna em um desconhecido por uma quantia razoável de dinheiro. E é apenas isso o que esses falsos pastores e "servos de Deus" fazem. Me irrita o fato da população (o povão mesmo) acreditar em tanta baboseira!



E falando em hipócritas, lá vem o Seu Macedinho dizendo mais uma vez que é tudo mentira. O pior é que muita gente acredita. E depois reclamam do país, dos governantes, da corrupção, mas esse cara arranca dinheiro de muita gente. EXPLICITAMENTE ainda! E o rebanho todo do pastor, ignorante do jeito que é, aceita passivamente suas explicações.
Detalhe também para a enquete (a foto foi retirada do blog oficial de Edir Macedo). Uma "guerra" entre a Globo e a Record? Quem não sabe também que a Globo manipula? Se espalhar isso é a forma do Macedinho contra-atacar acho que ele precisa de ajuda.
Uma extensa dicussão sobre o assunto nos levaria a acreditar que mais uma vez o foco da mídia é apenas controlar o maior número possível das mentes mais vazias. Infelizmente gente burra também vota e tem todos os outros direitos que possuímos. Então quer saber? Eu larguei o país de mão, se temos governantes negligentes e líderes religiosos corruptos, eles são apenas um reflexo das escolhas do povo.

quinta-feira, julho 30, 2009

Twittequeta

Depois que o twitter virou febre, todo mundo começou a fazer o seu. E antes que a gente culpe a maldita inclusão digital pela anarquia é melhor ditar algumas regras para o bom convívio nessa rede social.

- Evite twittar a mesma mensagem mais de uma vez... nós já lemos da primeira.
- Tente fazer no twitter o que você faria em um local público, só porque não te vemos não significa que não te ouvimos.
- Nunca obrigue alguém a te seguir, nem se ache importante demais para seguir alguém. A menos que você seja o Ashton Kutcher ou a Oprah.
- Na maior parte do tempo, tente falar coisas interessantes. Não twitte algo como "Tal coisa está nos TT", nós vemos eles também.
- Nunca diga o que foi fazer no banheiro, muito menos se fedeu.
- Use e abuse do "RT" e do "@", amamos ver que falaram da gente!
- Evite usar o twitter como chat, ou para ficar cantando músicas. Pra isso existe MSN e WMP.
- Nunca fale mal do seu emprego, sempre tem uma diabinho pra te entregar pro chefe.
- Não reclame de tudo, nem seja chato. Se você for vai ver alguns números diminuindo durante o dia.
- Não fique quieto esperando followers: indique e serás indicado.
- Se você não canta, dança ou atua profissionalmente, faz parte do resto do twitter que deve seguir para ser seguido.
- Evite queimar o seu filme falando coisas privadas, pra isso existe DM. Caso contrário você pode ser a nova piada do dia.
- Não envie mensagens bêbado, quem está sóbrio provavelmente não achará tão engraçado.
- Se você estiver sendo assaltado, estiver em um incêndio ou outra situação de risco, não use o twitter!

Claro, todas as regras tem suas excessões. Siga essas se você quiser, mas não diga que eu não avisei!

quarta-feira, julho 22, 2009

Melhores Amigos

Nessa última segunda (20) comemoramos o dia do amigo, como a mídia deixou evidente. Serei sincero, não é uma data que eu guardo na cabeça. Até porque essa história de "Dia de Tal-Coisa" é só pra incentivar o consumismo, como diria meu pai. Mas "dia ou não dia" me fez parar pra pensar sobre algumas coisas. E também me fez querer homenagear os MEUS amigos, que tem presença praticamente constante no blog.
Quantas vezes você já chorou no ombro deles? E quantas vezes eles nos fizeram rir tanto que chega a doer a barriga? Sim, amigo é pra essas coisas. Não podemos escolher nossa família,(como todo mundo diz) mas nossos amigos nós podemos. Depois disso depositamos nossa confiança, partilhamos nossos segredos, dividimos coisas tão intimas as quais jamais dividiríamos com qualquer familiar. Por isso um amigo jamais deve ser subestimado, um amigo de verdade carrega consigo parte da nossa vida.
"Amigo de verdade", foi engraçado ter que especificar isso agora, mas eu estou falando deles. Não de colegas de trabalho ou outros conhecidos, que viciosamente chamamos de amigos durante nossa rotina. O amigo de verdade é aquele que está do teu lado faz anos, e nos piores momentos não te deixou na mão. Não vou falar de pais e mães aqui, porque nossa relação é diferente com eles. Amizade (para mim) é fundada na escolha que temos de compartilhar nossa vida com certas pessoas. E em relação a família esse obviamente não é o caso.
Amigo é aquele que mesmo quando vocês não poderiam se encontrar deu um jeito para partilhar ótimos momentos contigo. Aquela que pode ter mudado totalmente de vida, mas nunca mudou a forma como te encherga. Aquela que pode até dividir uma casa contigo, porque no final tudo dá certo. Ou até mesmo aquela sob seus cuidados, mas que ao mesmo tempo faz com que o mundo te pareça totalmente diferente.
Sim! Esses são meus amigos, os melhores qu alguém poderia ter.

segunda-feira, julho 20, 2009

O Enigma do Filme

Sim, depois de tanta espera finalmente eu entrei naquela sala de cinema (com meu BFF) para olhar o 6º filme da franquia Harry Potter. Empolgado, sem dúvida, esperando que a mágica de HP voltasse a brilhar na tela. Já que ultimamente sem livros para esperar e com outras histórias sendo contadas me parecia que HP estava cada vez mais distante. E infelizmente minha expressão ao sair da mesma sala era de decepção, o pior é que eu não estava sozinho. Foi engraçado ouvir uma tentativa falha de alguns expectadores aplaudirem o final do filme. O maioria apenas olhava chocada a tela pensando "é isso?!". Quando eu saí do cinema realmente achei que só tinha valido a pena assistir o trailer de Lua Nova na "telona".

[CUIDADO! CONTÉM SPOILERS]
[CUIDADO! CONTÉM SPOILERS]
[CUIDADO! CONTÉM SPOILERS]



O filme começa com Harry em um barzinho, no metrô de Londres, dando em cima de uma garçonete. Hã? O Harry cantando estranhas no metrô de Londres? Aah fala sério! É lá também que ele encontra-se com Dumbledore (sim, sem Dursleys). Ok, isso foi um fracasso. Poucos minutos antes uma cena dos Comensais da Morte derrubando uma ponte e raptando Olivaras havia me deixado arrepiado, agora eu já começo a ficar desconfiado. Depois disso eles aparatam, convencem Slughorn a voltar para Hogwarts, blábláblá. Draco quebra o nariz de Harry no trem, blábláblá. A Luna conserta o nariz. OPA, a Luna! (OK é um erro que podemos tolerar comparado com o resto).
O filme se desenrola como uma comédia romântica entre Harry/Gina, Rony/Lilá e posteriormente Hermione. Muitas cenas engraçadas pro meu gosto, não ficou tão ruim, mas faltou tanta coisa que chega a irritar. Lembro de ter lido uma entrevista com o diretor onde ele dizia que quis fazer um filme mais alegre para que aliviasse a dor e tristeza do final. OK, já imaginava que ia morrer chorando com o funeral do Dumbledore, por isso dei um desconto.
Se for parar pra pensar, o livro seis é um pouco de "encheção de linguiça" em algumas partes. O foco principal são as horcruxes, Rowling só faz a gente esperar um século pela lembrança do Slughorn para compreendermos como ela era valiosa e dificil de conseguir. Então se esse foco fosse mantido talvez o filme tivesse sido melhor.
Mas tudo começa a desandar quando Harry vai atrás da maldita lembrança no filme. Ele toma o frasco todo de Felix Felicis (ué, nenhuma gotinha pro Rony, Hermione e Gina?). Claro eles não precisariam, porque quando Harry retorna com a horcrux falsa não há luta. Malfoy tenta matar Dumbledore, mas não consegue. Snape mata. E enquanto isso Harry está escondido num andar debaixo da torre, sem a capa e com todos os seus movimentos. Os Comensais entram e saem silenciosamente, a única coisa de extraordinária é que Bella lança uma marca negra "xoxa" sobre Hogwarts e bota fogo na casa de Hagrid. Harry tenta lutar com Snape mas ele não revida. E todos vão embora. Putz, sem luta! Que lixo de filme! É o que eu penso. Mas me arrumo na cadeira, Harry já voltou pra onde Dumbledore caiu. "Putz, é agora q eu choro, é o enterro agora". Que enterro que nada! Minerva olha para cima, para a marca. Levanta a varinha com um "lumus" e todos os outros a imitam. E fim! A cena é cortada para Harry, Rony e Mione conversando sobre o próximo ano, as horcruxes e como Rony aprova o namoro de Harry/Gina. Esse é o filme.
Minha opinião: Péssimamente adaptado! E para um fã isso é decepcionante. Porque entramos no cinema imaginando as cenas que veremos, e cadê elas? Isso é que é frustrante. Talvez alguém que não tivesse expectativas sobre o filme possa vê-lo de outra forma, mas eu não. Faltou muita coisa. A história foi distorcida e a explicação do diretor para isso é que ele escolheu cenas que ficariam "bem" na tela. Hum, eu tinha pensado nisso: Ele abriu o livro aleatóriamente e escolheu "essa aqui vai, essa aqui fica". Resumindo, não foi uma obra de arte. E depois de tanto tempo sem Harry nas nossas vidas, esse filme deveria nos lembrar porque gostamos tanto dele.Quem sabe eu possa olhar novamente ele, sem esperar cenas que nunca existirão. E apenas apreciar o que apareceu nas telas, porque afinal de contas, a história completa eu já conheço mesmo.
Como a cena de Harry flertando no começo do filme, outras fora adicionadas. A mais comentada é a da casa dos Weasley que sofre um ataque dos Comensais. Harry salta pelo fogo e corre atrás de Bella querendo o fígado da bruxa. Parabéns para o diretor nessa. Mesmo fútil (em termos da história) a cena é legal. Outra coisa, a única cena que fez juz ao livro foi a busca pelo medalhão de Slytherin. A caverna e tudo mais foi muito bem feito, me deu arrepios e um susto de pular da cadeira. De resto, vocês já conhecem minha opinião.

Mudar é preciso...

Sempre! Não é mesmo? E foi por isso que o blog passou por tantas mudanças até chegar à sua versão "2.0". Por isso também ele esteve tão desatualizado durante essa semana (até a fênix morre para então ressurgir das cinzas, ok). Como várias outras coisas em nossa vida, a mudança é uma etapa do nosso amadurecimento. É impossível crescer se você continua vendo tudo da mesma forma como via quando era criança, você deve concordar comigo (se não concorda, faz teu blog que daí tu podes escrever o que quiser). De uma leve mudança no conteúdo (que na minha opinião ficou mais pessoal) a uma profunda mudança no layout o "all the F things" está "amadurecendo". Sem mais enrolações, vamos ver o que há de novo:

> Featured: Posts sobre o que mais me chamou atenção nessa semana.
> TV: Um vídeo por semana, algo que tenha ocupado minha cabeça por tempo suficiente.
> Top 5 of the week: (Nem preciso dizer: "semanalmente") 5 assuntos/coisas/pessoas influentes.
> Posts: Agora separados por marcadores para especificar os temas.

E isso aí, espero que leiam, gostem, comentem e retornem.

quinta-feira, julho 02, 2009

Isso é tão Disney!

Neste fim de tarde, entediado como sempre, estava escutando algumas músicas novas no mesmo estilo "pop demais" que apesar de tudo é o que eu gosto. Enquanto mexia em uma coisa ou outra comecei a prestar atenção no seguinte refrão:

"I'm not a princess, this ain't a fairytale
I'm not the one you'll sweep off her feet
Lead her up the stairwell
This ain't hollywood, this is a small town
I was a dreamer before you went and let me down
Now it's too late for you and your white horse
to come around" (Taylor Swift - White Horse)

Na hora, a primeira coisa que eu pensei foi: "Aii! Isso é tão Disney!". A inocência proposital, a menção de contos-de-fada como se fosse realmente possível que tudo na vida acabasse com o famoso "Felizes para sempre". Sabemos que isso é praticamente impossível. É claro que muitas coisas boas podem estar em nosso futuro, realizações geradas pelo nosso empenho, mas nem tudo na vida acontece do jeito que queremos. É necessário ser realista, não é?!
Porque, acredito eu, é natural sonharmos com certas coisas. Almejar e percorrer certas rotas até que nossos objetivos sejam alcançados. Mas há o momento definitivo onde tudo isso passa de metas à pura ingenuidade. No momento em que paramos de agir como adultos e começamos a sonhar, feito crianças com futuros maravilhosos que não são possíveis através da nossa própria capacidade. É quando nosso anseio vira pura ficção, fantasia, e apenas deixa nossas mentes mais vazias.
Sonhar é bom, mas essas ilusões exageradamente utópicas podem nos fazer achar que a vida não tem graça. Uma delas pode tirar o brilho real de nossas conquistas diárias. Viver assim é quase como atestar a si mesmo como autista. E finalmente eu repito: acordem! Deixe de ser "tão Disney" antes que toda sua vida tenha se passado até você decidir sair da cama.

terça-feira, junho 30, 2009

Superficialmente falando

Em primeiro lugar gostaria de agradecer minha fiel leitora e meu visitante ocasional pelas presenças no blog. Sem vocês eu já teria desistido dele como já fiz inúmeras vezes. Então vamos ao que interessa mesmo...
Pensando bem, o que podemos considerar interessante? Como diferenciar o que é mundano dos assuntos que realmente valem uma discussão? Se maior parte do que escutamos e falamos por aí é um monte de asneiras sobre vidas pacatas e celebridades decadentes.
De quantas conversas cultas e com potencial para decidir nosso futuro nós participamos hoje? Nenhuma, eu presumo. Há alguns minutos atrás eu perdi meu tempo lendo algumas asneiras para perceber que geralmente nada de útil é incorporado à nossa mente nos últimos tempos. A internet é a melhor maneira de compartilhar informações, mas nem sempre elas servem para alguma coisa. Então qual o fator decisivo para que uma opinião possa se tornar algo válido e positivo em nossa vida? Pra mim, ela deve trazer questionamentos. Fundamentalmente deve me fazer pensar, para que se torne interessante. Mas muitas ideias difundidas por aí simplismente me fazem querer "jogar uma bigorna na cabeça das pessoas".
Podem até me considerar exigente demais, mas prezo pela minha cultura e acho ridículo não me contrapor à essa incontinência verbal que certas pessoas têm. Ela faz com que o conteúdo seja menosprezado em prol da vontade absurda de espalhar informações sem fundamento. Isso realmente me irrita. Seria muito pedir para que não tratem nosso cotidiano com tanta superficialidade? Comecemos então a pensar mais nos assuntos que nos cercam para então expô-los de uma maneira adequada. Desse jeito, qualquer tema pode se tornar interessante, sob um ponto de vista ou outro.

terça-feira, junho 23, 2009

Todo o dia...

...acordo, vou ao banheiro, volto pro quarto, arrumo a mochila, vou pra aula, volto da aula, não faço nada, vou pro computador, vou para a cama, durmo, acordo...

Eu descrevi uma rotina, a minha, porém com algumas alterações pode tornar-se a rotina de qualquer pessoa. O tempo parece correr cada vez mais e tentando adequar-se à sua velocidade projetamos toda a nossa vida. Temos horários para acordar, para trabalhar, marcamos até a hora de se divertir. Quando viver ficou tão complicado? Quem começou essa balela de cronometrar a vida como se fosse possível fazer isso, tranformando-a numa mera sombra. Quem criou a rotina que seguimos e que aparentemente é a mesma para qualquer pessoa?
A população não pensa mais, age programadamente sob o comando de algum superior. Nossas vidas foram preenchidas por compromissos que taparam os sentidos, parece que entramos em uma bolha e não vemos mais nada ao redor. Não improvisamos mais nada, "isso seria imaturo". Tudo deve ser planejado, pensado, repensado... é assim que a vida anda. Se acabasse agora, quem teria os olhos abertos para ver seu fim?
Parece proposital que não notemos nada à nossa volta, mas nós somos os únicos culpados por isso. Porque de alguma maneira sentimos uma falsa segurança ao nos prendermos em qualquer tipo de rotina. É nossa tentativa falha de prever o dia seguinte, contanto que tudo saia como o planejado. Assim evitamos surpresas desagradáveis e por fim deixamos de viver para virarmos reflexos nas vitrines pelas quais passamos.
Talvez esteja ficando tarde para acordar, para deixar de seguir um manual específico e simplismente viver da maneira que nos parecer mais coerente. Eu sei, é facil falar. Entretanto se nada for dito ninguém mais vai pensar nisso. E viver quem sabe se torne supérfluo demais como um fator para ser levado em conta.

quinta-feira, junho 11, 2009

Sete Pecados Capitais: Inveja

Vim aqui para contar uma história, a história de João Sem-Nome. Ele sempre trabalhou naquela mesma empresa fútil. Seu trabalho era ínfimo e sua vida podia ser resumida em poucas palavras. João Sem-Nome era também João "sem nada". Sua cultura era inútil, seu vocabulário se extendia ao que ele ouvia por aí. Até a sua esposa era sem graça, sempre na frente da TV. João era uma dessas pessoas que só servem para ocupar o nosso lugar no ônibus, estar na nossa frente na fila do banco, fazer parte sempre da maioria. Enfim, ele é preto e branco e só ocupa espaço no planeta.
Você deve se perguntar por que então alguém contaria sua história, se ela é tão medíocre? João tem um segredo, mas é um sentimento tão forte que passa oculto apenas pelos mais desatentos. Ele é invejoso. Dizem que existe uma inveja boa, mas esse definitivamente não é o caso do João. Ele inveja o patrão pelo seu sucesso, inveja a esposa dedicada do amigo, inveja até mesmo as boas notas escolares do filho. Ele sempre diz que aquelas coisas deveriam acontecer com ele e não com os outros. Ele sempre reclama que sua vida é uma mer**. Nada daquilo que for feito pelas pessoas que João inveja será bom, sempre haverão defeitos. Assim João vive sua vida, amargurado e completamente infeliz.


Essa é uma mísera ilustração do que eu realmente quero dizer. Quantas pessoas incapazes nós vemos hoje por aí? Fracas e desesperadas, tentando ser alguém que simplesmente não são, invejando o sucesso alheio. Quantas pessoas acabam tornando-se meras sombras na ridícula esperança de ser tão boas quanto alguém? A inveja é um vício e o sentimento mais presente em toda a humanidade. Os invejosos são falsos, descarados e sempre estarão tentando derrubar alguém. Se você teve uma boa ideia, um invejoso se perguntará por que não pode pensar nela antes, ou então tentará tirar proveito dela. A inveja é a auto-destruição de alguém. Sentir inveja é assumir seu total fracasso perante suas ações, desejando ser alguém melhor quando você é ciente de que não tem capacidade para isso. São seres míseros esses invejosos, nem valem um post tão grande.

segunda-feira, junho 08, 2009

Sete Pecados Capitais: Vaidade

Em que mundo vivemos? Num distorcido eu arriscaria dizer. Afinal deixamos com que outras pessoas façam nossas escolhas, seguindo sempre um modelo. A beleza é um exemplo disso.
Atire a primeira pedra quem não foi nem um pouco influenciado pela ditadura da moda, pelas opiniões alheias. Quem nunca trocou de roupa quando um amigo disse que não combinava? Quem não se importou jamais com o que os outros poderiam pensar ou ainda quem nunca achou o máximo se olhar no espelho por algumas horas como um modelo completamente narcisista?! No mínimo, você leitor, já fez uma dessas coisas. Já demonstrou que é vaidoso e pode achar que essa é a natureza humana. Quantas garotas ainda vão morrer de anorexia tentando chegar ao corpo perfeito? Quantas pessoas ainda vão agir como se a aparência externa fosse a única importante?
Foi imposto a nós um modelo único, desde os primórdios da raça. Nem sempre foi o mesmo, mas sempre tivemos que acreditar que a beleza se apresentaria de uma única maneira nas pessoas. E o vício de muitos foi buscar desesperadamente encaixar-se em mais esse padrão, já que o mesmo garantiria a aceitação de todos. É por isso que a humanidade não saiu da frente do espelho, por achar que só poderia amar através dessa forma. Que maneira insensata, eu diria, de buscar o amor. Se nem nós mesmo podemos ver nossa própria beleza, inata por aquilo que somos, quem mais poderá ver?
Desenfreadamente ficamos vaidosos, vimos nos padrões nossa única alternativa e nunca mais deixamos de buscá-los. Pode dizer que você é diferente, mas até isso o torna igual aos demais. Simplismente comecei a perder a fé na humanidade... e esse é apenas o primeiro pecado.






PS. O segundo capítulo da minha fanfic foi postado \o/... clique aqui para acessá-lo

quinta-feira, junho 04, 2009

(In)Cultura Verbal

Tem gente por aí que confunde palavras com cartas de baralho... Não basta embaralhar elas para formarmos qualquer tipo de texto! Quer fazer uma poesia, rimas não são suficientes! Uma crítica? Não basta falar mal do trabalho de alguém... Uma crônica, uma redação, um post para um blog medíocre, não importa a ocasião construir um texto é mais complexo do que muitas pessoas imaginam. Essa complexidade está relacionada com as ideias expostas ao contrário do modo como elas são escritas, sem querer desmerecer os gramáticos. Claro não chegaremos a nenhum extremo, é intolerável sair por aí escrevendo "axim".
A questão é que a cada dia as pessoas tem sido mais fúteis, escrevendo paradigmas que nem mesmo elas entendem e achando que aquilo é arte, é moderno, é o CARAL** ISSO SIM! Quando que virou moda nosso foco ser direcionado ao inútil? É "do momento" ler porcarias na internet e dar risada? A cada dia a sociedade ruma ao total obliteramento, criando "gênios" que não sabem ler e muito menos escrever. Pessoas que não pensam, apenas juntam parágrafos, muitas vezes incoerentes tentando empurrar suas próprias visões apagadas do mundo que ninguém realmente gostaria de ouvir.
E quem podemos culpar senão nós mesmos por essa demanda de péssimos autores? Nós fomos ficando menos exigentes, aceitando o lixo verbal jogado na nossa frente. Alimentando a vontade insana que eles tiveram de compartilhar seus pensamentos grotescos de uma forma que presumivelmente eles chamaram de arte. Na minha concepção a arte se extende muito além das barreiras que esses escritores atingiram. Pois eu vos digo meu povo, querem escrever? Escrevam! Mas tem que ter conteúdo!


PS. Participe do movimento contra a "Incultura" que nos cerca, se não tiver nada de interessante para dizer... fique calado.

quarta-feira, abril 22, 2009

Cadê meu controle remoto?

Faz dois dias que eu não saio da frente da televisão. Vida sedentária é eufemismo perto do que foram esses dias. E depois dessa overdosa de inculturas vim procurar abrigo aqui. Durante a tarde eu comecei a pensar, o que a essa mídia traz de útil pra minha vida? Dois dias de filmes, seriados, desenhos, qualquer coisa que passasse na tela. Era tevê por assinatura e eu pude sentir os danos em meu cérebro, imagina a tevê aberta? E então, a programação, a mídia televisiva, informa ou deforma?
O que é a televisão hoje em dia senão um meio de lhe oferecer tudo aquilo que você não precisa? A programação é totalmente apelativa, canais abertos como a famosa Globo são os piores. Alguém levantou o dedo aí pra falar dos telejornais? Eles não infomam meu caro, eles formam suas opiniões. Já parou pra pensar que você nunca ouviu falar de uma notícia com imparcialidade? E você sempre acaba concordando com o apresentador, certo?! Claro que não é só a televisão que faz isso, mas revista nem todos tem em casa, já uma tevê... É possível morar em um barraco, mas grande parte da população liga sua televisão todos os dias pra ver quem foi o último eliminado do Big Brother.
Outra pessoa deve levantar a mão pra falar dos programas que são mesmo interessantes, dos que ensinam e trazem cultura. Claro, cultura inútil na maioria das vezes, mas não desperdiçamos totalmente nosso tempo assistindo-os. Mas eu pergunto: E quem assiste eles? Nós fomos educados a apreciar tudo o que não presta. Que torcedor trocaria seu futebol por um excelente documentário, informativo e culturalmente completo? Não vamos tão longe, e a dona de casa, trocaria sua novela?
É assim que nós crescemos, a tevê já foi babá de muita gente. E assim que a sociedade continua a se moldar, toda em volta da mídia. Se o jornal não disser o que fazer, se a apresentadora das manhãs não ensinar a cozinhar, se não existir mais programas apelativos feitos para entreter, a vida será vazia. É isso que se encontra na cabeça de muita gente, praticamente uma lavagem cerebral.
Quer saber? Desliga a TV e vai ler um livro!

sábado, abril 18, 2009

Romances Românticos

Outra aula de literatura, dessa vez o professor é diferente. Ele é superficial, raso, não é meu favorito. Discutindo sobre Romantismo, ele resolveu afirmar à turma que não existem mais pessoas românticas. É verdade? O romantismo ficou mesmo só nos livros?
Seria utópico dizer que não. Infelizmente palavras doces e flores deram lugar a algumas latas de cerveja e movimentos muito mais grosseiros. E isso tudo só me entristece. Será possível que aqueles namoros inocentes tenham sido registrados pela última vez em "A Moreninha"? Que ninguém mais sofre? Ninguém mais se sacrificaria pela pessoa amada, pensando em proteger algo mais além do próprio umbigo?
Não, é claro que não. Existem pessoas que amam ainda, que choram... românticos inveterados. Como em toda democracia, a maioria é quem manda, por isso esses românticos são esquecidos, mas não por isso deixam de viver. Nem por isso deixam de sonhar, imaginar, idealizar. E à moda antiga tudo parece muito mais elegante.
O que a gente vê por aí hoje é resultado de um grande efeito dominó. Então quem foi o primeiro homem a não ser cavalheiro? Qual a primeira mulher a rejeitar flores? Quando trocamos versos de poesia por essas cantadas ridículas que se escutam por aí?
Não, eu não responderei nenhuma dessas perguntas, até porque cada um achará as suas respostas para elas. E você pode pensar que tudo isso não tem sentido nenhum, pois bem, são apenas pontos de vista diferentes.
Sim, hoje eu acordei como um discípulo do Lorde Byron.

quinta-feira, abril 16, 2009

Pais e Filhos

Há alguns dias atrás, passando os canais na tv uma cena me chamou a ateção. Em uma, das milhares de novelas da Rede Globo uma garota discutia com seu pai. Ele aparentemente tentava ajudar a filha e em um momento acabou dizendo: "Filha, eu te amo". A resposta da menina é que me intrigou: "Claro que você me ama! Você é meu pai, é seu dever me amar!"
...
Minha mente começou a me mostrar lembranças de inúmeros assassinatos envolvendo pais e filhos, famílias que nunca foram bem estruturadas, filhos maltratados... e o contrário também! Filhos que mandam matar pais por coisas banais. E então me questionei "É dever de um pai amar seu filho?".
O normal é que os pais amem seu filhos, mas essa não é uma via única. Eles precisam ser amados também. Essa relação é como qualquer outra e ter o mesmo DNA pode contar pouquíssimo nas horas em que alguém não cumpre sua parte. Nossa relação com nossos pais é com certeza muito mais forte simplismente pelo fato de os mesmos nos conhecerem desde o nosso primeiro segundo de vida, entretanto não significa que ela não possa se transformar de amor a ódio.
É difícil acreditar em filhos "por acidente" com tanta informação espalhada por aí. Por isso ter um filho é uma escolha, que vem com responsabilidades. É isso que algumas pessoas não têm em mente quando fazem essa escolha. Ninguém nasce sendo um mau caráter, tampouco nasce um homem santo. Tudo isso é definido durante nosso crescimento. E quem define esses valores são nossos pais. O dever de um pai e uma mãe é de educar, de mostrar o mundo da melhor forma possível. É dever deles nos ensinar sobre o bem e o mal. O certo e o errado. E em nenhum momento impor suas ideias, mas nos ensinar a ter as nossas. Ensinar a pensar com nossas cabeças e não com as de outros. Esses sim são deveres.
Amor? Ele vem com o tempo. É o modo como contemplamos nossos pais por tudo que fizeram por nós. E eles nos amam por mostrarmos que o que eles fizeram por nós não foi em vão, que rendeu frutos. Que nos rendeu um futuro. Apesar de todos os esforços é possível também que essa amor entre pais e filhos não aconteça. Amar não é um dever para ninguém.
Existem pais que não educam, pais ausentes, pais inconformados, pais que não deveriam ser pais. E assim esse parentesco de nada importa. A família nunca foi um exemplo, foi uma mera sombra do que as crianças viam pelo mundo. Essas mesmas crianças tiveram visões diferentes do que as cercava. Tiveram medo, sentiram dor e cresceram se posicionando das mais variadas formas durante sua vida. E o amor? Esse foi esquecido, deixado de lado como algo fútil que não ensinaria nada.
Amor de pai e filho é cultivado, como tudo mais na natureza não cresce por conta própria. E eu sou infinitamente grato pelo amor que recebi de meus pais, e agradeço-os amando eles também.

terça-feira, abril 14, 2009

Quem é feliz?

No meu caminho diário até o cursinho me deparei com uma cena no mínimo estranha. Sentado na calçada, do lado oposto da rua, um indigente cantava alegremente o bordão "E agoooora, que faço eu da vida sem vocêêê...", algumas pessoas riam, outras se afastavam, entretanto todas olhavam para o homem. Essa cena me lembrou imediatamente uma aula de literatura que eu tive ano passado. Meu antigo professor chegou atrasado na sala e começou a contar sobre outro indigente que caminhava, pela mesma rua em que eu me encontrava nesta manha, e assobiava alegremente. Sim, são duas pessoas totalmente diferentes, mas aparentemente ambas felicíssimas. E a pergunta que meu professor nos fez aquele dia, eu repeti para mim hoje: Será que esse indigente é mais feliz que eu? "Não, não é possível" foi minha primeira resposta, automática, como quase tudo é em nossas vidas. Pensei novamente "eu tenho tudo, um celular chique, roupas boas, uma casa, eu pago cursinho!". E depois eu pensei novamente, minha primeira lista só envolveu dinheiro, pois bem, fiz uma nova lista: "eu tenho amigos, uma família, pessoas em quem confio e amo". E quem disse que mendigo não ama? E quem disse que ele não é amado?!
Nesse momento eu comecei a rever meus parâmetros sobre a felicidade, até porque ela não é regulada em apenas um modelo. É óbvio que o que me faz feliz pode não mudar em nada a vida de outra pessoa. E se a felicidade daquele homem era cantar ali mesmo, na calçada? Felicidade é isso? É não deixar pra depois aquilo que pode te fazer feliz agora? Estou começando a acreditar que sim, é isso mesmo.
Ninguém vive sorrindo, ser feliz é estar em paz consigo mesmo, aceitar os momentos ruins e passar por eles. Querer ser feliz implica na coragem que cada um deve ter para fazer aquilo que te deixa feliz. Aquilo que te faz sorrir, dar gargalhadas e não se arrepender. Sem medo, sem vergonha, sem nada que possa nos impedir. Essa é a felicidade que muita gente procura. Se eu tiver vontade de cantar, que eu cante! Se eu tiver vontade de pular, que eu pule! Não fazer isso é atestar que a sua felicidade depende exclusivamente da aprovação das outras pessoas.
Em suma, aquele cara, sem roupas boas, sem aparelhos eletrônicos, sem dentes até! Sim hoje ele foi mais feliz que eu. E sem querer ele me ensinou tudo isso. Mas hoje eu comecei a minha busca pela felicidade, a minha felicidade.

De novo, de novo.

Sim, outro blog. Mas este tem fins pedagógicos (pra mim ao menos). Sem longas apresentações, esse é só um espaço para colocar os pensamentos que eu fico matutando na maior parte do tempo. Inspirado dessa vez pela minha grande amiga, Sra. Valquíria Fanto, pretendo cumprir meu trabalho (não é bem trabalho, tá mais pra lazer...) de manter esse blog vivo.
Esse primeiro post será meramente apresentativo, na sequência vocês poderão acompanhar o que andou se passando pela minha cabeça hoje. Espero sinceramente que os textos sejam atrativos a qualquer novo leitor. Se não forem? Vai ler Tio Patinhas então.
Lhe desejo em dobro tudo que me desejares.
Enjoy!

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